Descubra no Tarot Curitiba como se dá um diálogo entre dois adeptos do Tarot. Fantástico.

Olá, novamente, Elite do Tarot!

Este é mais um registro real de uma conversa entre dois esotéricos, transcrito do WhatsApp. Um dos interlocutores, em azul, manterá o seu nome oculto; o outro, escrito em preto, sou eu.

 

UMA CONVERSA ENTRE DOIS MAGOS (2)

 

Onde é o centro do universo? E, se eu precisar ir até lá, como iria e quanto tempo levaria para chegar?

 

Onde é o centro de uma bola? Basta murchá-la e espreme-la e o centro é exatamente no ponto que você pressionou. Como chegar lá? Através de um "buraco de minhoca".

 

Quero uma resposta esotérica.

 

Do ponto de vista situacional, o centro do universo situa-se exatamente no ponto onde o "zênite" se projeta sobre o "nadir". A partir daí o universo se expande uniformemente em todas as direções. De um ponto de vista mais esotérico, o centro do universo é o momento em que uma criatura se identifica como o ponto de origem de todas as coisas (egocentrismo) e o univeso se expande do lugar que ocupa, esse indivíduo, para todas as direções! Ou seja, cada um de nós é o centro do universo de onde emanam todas as coisas. "Et pluribus, unum" (a pluralidade em um só)!

 

Adorei a resposta, mas penso que é Tifareth...

 

Agora estamos num processo realmente esotérico. Tifareth é a "Beleza", mas uma beleza sem referencial. É única e absoluta, inatingível. Essa Beleza é Jesus, mas não o Jesus-homem, nem o Jesus Divino, mas o Jesus "conceito". É a perfeição! Pode até nem ter havido um Jesus Divino, mas um Conceito que se deve buscar e nunca atingível. Nesse caso, o centro do universo não é o ponto a partir do qual o universo se expande em todas as direções, mas o ponto para o qual tudo converge, como um descomunal buraco negro. Logo, a essência de tudo é a Beleza a partir da qual tudo foi criado, mas sem qualquer possibilidade de ser atingida ou mesmo imitada, servindo como um norte a ser buscado eternamente sem saber-se onde ele fica!

 

Tudo, de modo cíclico, retorna a AIN, que tão grávido não suporta mais as dores das contrações daquilo que tudo retorna a Ele, e logo explode... Big Bang!

 

A respiração de Deus. Quando inspira, descria. Quando sopra, cria.

 

Achei legais as duas metáforas. Ambas levam a crer que a criação é limitada. Logo, para criar mais, Deus precisa se retroalimentar do que tinha criado antes. É uma constante transformação. Interessante!

 

Nisso não há mistério, é o processo... Mistério, sim, de fato, foi quando o fenômeno ocorreu pela primeira vez. O VAZIO tomou consciência da sua enormidade e se autodivinizou!

 

Podemos concluir, então, que o universo é finito e não está em expansão, mas numa constante transformação. Teria Lavoisier tido um "insight" divino? (Na natureza nada se cria e nada se perde, tudo se transforma!)

 

Me pareceu piegas, mas confesso que me pegou para pensar...

Sobre Aristóteles e o seu conceito de POTÊNCIA... O universo não pode ser finito, porque isto não seria digno do Divino.

 

Dureza de pensar... mas, a expansão é plausível.

 

E, como o NADA é infinitamente impossível de calcular, o TUDO deve ser absolutamente proporcional.

 

Também não seria digno do Divino (o Arquiteto do Universo), uma obra inacabada, ou seja, um universo que só cresce e nunca ficará concluído?

 

O termo "Eterno" compreende a noção de que a evolução seja tão infinita quanto o tamanho do universo que comporta esta mesma evolução. Esta evolução nunca atingirá o seu máximo, porque Deus aprende com ela e se engrandece antes dela superá-Lo, tal como um exímio jogador de xadrez que prevê antecipadamente a estratégia do seu adversário (e conta com ela para superá-lo no próximo lance).

 

É como um pai e um filho que envelhecem ao mesmo tempo. Mas o pai sempre terá mais sabedoria.

 

Acho que já estamos voando a esmo. Deixo uma última reflexão: "Se o TUDO é tudo, então ele contempla também o NADA. Se o NADA faz parte do TUDO, que o TUDO e o que é o NADA?

 

"O LOUCO!"

 

(P.S.: Deus, por ser autossuficiente, sempre foi tácito. E, quem é tácito é discreto, e torna-se explícito somente diante de uma boa provocação. Os mestres só respondem às perguntas inteligentes dos seus discípulos. Sendo assim, qual melhor argumento do que o NADA para provocar toda a fenomenologia?)

 

Prof. Luciano Kravetz, Mestre.